Poesias

DE TÃO BREVE

Morrer é abrir a porta de casa
para a alma partir... e entrar no sonho,
mudar de tempo, vestir o corpo...
livre voar por sobre os túmulos –
que há tantas mortes num homem
quanto as horas não vividas.

É assim de tão breve que termina o dia
ante a eternidade que ora principía
de outra fome, de outro sopro, de outra matéria.

A morte que espere cumprir-se um destino,
pois são muitos os homens que caem
e só um morto não se levanta,
mas sua alma sim – por força de se libertar
do corpo é que revela o segredo de viver,
que não é outro senão arder e seguir o caminho.


22/02/2011

 

 

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